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olhou pro vestido pendurado ali no armário.
sabia que suas medidas ainda cabiam, silhueta tantas vezes admirada.
precisava coragem para vesti-lo, para rodar mais uma vez.
o peito ardia. temia se deixar levar por aquela valsa que um dia lhe tirou as pernas e
lhe rendeu um par de asas por alguns segundos.
covarde como sempre, fechou o armário e com ele suas lembranças de ser feliz algum dia.
covarde como sempre, fechou o armário e com ele suas lembranças de ser feliz algum dia.
verde era a cor da felicidade, mas ela preferia viver em preto-e-branco.
5 comentários:
fica a valsa do preto-e-branco
é tu?
Às vezes alguns segundos para se imaginar voando já são o suficiente para ter medo, e dar o passo atrás... Só que sempre se esquece de que não há amor no medo... Complicado, né?
conheço tanta gente assim.
em preto e branco prefiro as fotografias, porque fazem as pessoas parecerem carregar histórico mais longo.
beijo, beija-flor.
adorei!
devia ter repetido aquela foto do casal para ilustrar.
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