sem mais demora, sentei no chão de tantas lembranças.
aqueles azulejos ainda têm o cheiro dos pêlos brancos que tanto cuidei.
agora, sem pedir permissão, esse olhar miúdo me convidou cheio de ternura.
desarmada, me entreguei aquela coisinha tão pequena.
enquanto fazia carinho naquela barriga azul de tão branca, pensei:
talvez ele seja o elo pra recuperar tantos sentimentos abalados.
algo que me faça passar os cinco minutos a mais ali sem sentir vontade de ir embora correndo.
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- tá vendo os sapos?
- tô.
- agora engole de um por um.
- urgh.
- ora mais, quem mandou? vai!
- passa o sal?
[diálogo com o meu eu interior. primeiro ele, depois eu.]
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fico pensando se é só comigo que isso acontece:
- escuto o toque do meu celular "n" vezes ao dia, mas ele não está tocando.
- aparece o botão laranja do msn de que alguém tá me chamando pra conversar, mas estou offline.
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Show me slowly what I only know the limits of
Dance me to the end of love
Dance me to the end of love
Dance me to the end of love