aqueles oitenta reais são o seu maior investimento.
são os cinquenta minutos da semana que alguém o escuta com paciência,
ou pelo menos finge escutar.
tira do bolso o bloco de papel cheio de anotações,
garranchos que ele mesmo nem entende.
ele insiste, mas sorri sem jeito e passa pra outro assunto.
não pode perder o valioso tempo decifrando tão penosa caligrafia.
é nesse momento que ele se sente vivo,
sem a capa invisível que o cobre pelo resto dos dias.
para muitos a invisibilidade é uma mágica, para ele é uma maldição.
quinta-feira, 26 de julho de 2007
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3 comentários:
quero capa não, eu...
=D
que delicado, moça! já imagino sua voz suave narrando seus escritos.
beijão.
=***
concordo com o jaquito :) beijao moça das saias :*:P
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