olhou pro vestido pendurado ali no armário.
sabia que suas medidas ainda cabiam, silhueta tantas vezes admirada.
precisava coragem para vesti-lo, para rodar mais uma vez.
o peito ardia. temia se deixar levar por aquela valsa que um dia lhe tirou as pernas e
lhe rendeu um par de asas por alguns segundos.
covarde como sempre, fechou o armário e com ele suas lembranças de ser feliz algum dia.
covarde como sempre, fechou o armário e com ele suas lembranças de ser feliz algum dia.
verde era a cor da felicidade, mas ela preferia viver em preto-e-branco.